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Mostrando postagens de 2015

A vida outra vez sorriu pra mim...

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Estou com aquela sensação de novo de que não posso falar sobre isso em voz alta, por que se a vida escutar meus planos, eles podem dar errado. Então, falarei sobre isto baixinho! Depois de mais ou menos 6 meses fazendo contas, juntando moedinhas e muita coragem, acho que finalmente posso dizer que vai dar certo sim: me mudarei para Patos em janeiro do ano que vem e, sinceramente, espero não precisar voltar no final do ano. Por ora o que mais importa deu certo, terei minha chance de me dedicar apenas e tão somente à faculdade e aos meus estágios. Espero conseguir meu estágio em Hospitalar e quem sabe clinicar com um ótimo orientador. Parei para reler os parágrafos anteriores e sinto que faltaram duas palavras no topo: “Querido diário”. Um amigo disse que esse blog é meu diário eletrônico, talvez seja mesmo. Pois sempre que algo muito bom ou triste acontece, recorro a ele. Tenho recorrido muito ultimamente por entender que os grandes momentos são bastante simples e acontecem d...

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Vejo casais se sabotando o tempo todo. Vejo casais que se gostam e não se assumem. Sentimentos que existem mas que não tem voz. Distâncias que impedem encontros. Celulares que impedem visitas. Silêncios que impedem trocas. O que eu não daria para ver um relâmpago de coragem. 30 km, 100 km, 1000 km... a geografia não delimita sentimentos. O que (de) limita os sentimentos somos nós. Ah, se eles soubessem que há distâncias que não podem ser ultrapassadas! Ah, se eles soubessem que o tempo deles é finito! Ah, se eles pudessem parar de fingir que possuem todo o tempo do mundo! Como eu queria poder dizer a eles que enquanto o coração bater (e o cérebro ainda comandar o corpo) há possibilidades. Possibilidade de mais um encontro. De mais alguns momentos. Queria contar-lhes sobre quão triste é ver alguém chorando frente ao inevitável, frente ao irremediável fim. Queria contar-lhes que não precisamos partir antes de ser o momento. Queria contar-lhes como...

Feliz vida!

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Clichê de hoje: “Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou” (Shakespeare). Sim! E estou aqui para comemorar não o dia do meu nascimento, mas todas as coisas as quais eu vivenciei e que me fizeram ter essa alma, na maior parte das vezes idosa, e por isso mesmo, muitas vezes criança – pois essa é a maior das belezas da velhice. Vivi e aprendi muita coisa durante minha vida toda, mas nos últimos dois anos, aprendi as lições mais valiosas desses 24 anos. E no ultimo ano aprendi a coisa mais importante da vida: dar valor as pequenas coisas, de verdade! Outro clichê? Ops. Com o tempo você aprende que há mais de seus irmãos em você do que você supunha. E aprende que, muitas vezes, é preciso um momento de muita dor para que percebamos quem estará lá para segurar nossa mão. E aprende que chorar pode aliviar TUDO. E que o que importa não é o que aconteceu, mas como você ...

O Pequeno Príncipe - Filme

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Não consegui expressar, por dias, o meu imenso descontentamento sobre o filme. Mas cá estou, registrando este fato. Não entendo muito sobre cinema e o que vende ou não nesse meio, mas sei de uma coisa: o pequeno príncipe vende, desde 1943. Não vejo motivo para se ter feito um filme paralelo à história original do Pequeno mais querido do mundo, sendo que a história original já é tão extraordinária. Várias críticas defendiam o ponto de vista de que o livro é pequeno demais para “virar” um filme. Talvez seja mesmo. Para este argumento, apenas 5 palavras: não deveriam ter feito filme. Abaixo, algumas críticas que encontrei em várias páginas sobre cinema: “É importante ressaltar que a história do menino que vivia solitário em um asteróide e, viajando pelo espaço, encontrou um aviador perdido no deserto está no longa-metragem. Entretanto, ela ocupa um espaço menor, cerca de um terço da duração apenas. A trama principal gira em torno de uma pequena garota, que leva uma vida bastante ...

20 de Julho - Dia do Amigo

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“Meus Amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.  Escolho-os não pela pele, mas pela pupila,  que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.  Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.  Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.  Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.  Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.  Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.  Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,  mas lutam para que a fantasia não desapareça.  Não quero amigos adultos, nem chatos.  Quero-os metade infância e outra metade velhice.  Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto,  e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou,  pois vendo-os loucos e santos,  bobos e sérios, crianças e velhos,...

Olhos

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Apesar de não ser algo visível aos olhos de desconhecidos ou pessoas não muito intimas, ela é sonhadora, romântica e acredita que Deus está cuidando de todos os aspectos de sua vida. Já ouvi seus discursos sobre estar perdidamente apaixonada e/ou amando algumas vezes. Os discursos sempre iam de encontro ao fato de que aquele era o cara certo. Era o cara ideal. Como julgá-la? Não é isto o que todos nós pensamos quando estamos apaixonados?!? Dessa vez ela fez, novamente, um discurso desses. Mas seria injusto não ressaltar que havia, de fato, algo diferente na narrativa. Por vezes, não encontrando palavras suficientes ou corretas pra se expressar, ela apenas dizia “é muito...” e o olho brilhava. Meus pés sempre muito cravados no chão (quando se trata de outras pessoas, claro!) não podem deixar de aconselhá-la a ter cautela, a esperar que as palavras lhe voltem e ela consiga se expressar racionalmente sobre seus sentimentos, pois aprendi com meus tombos que quando não se consegu...

Uma questão de perspectiva

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Ouvi várias críticas nos últimos meses devido aos textos que escrevi, os quais falavam sobre angústia, medo e dúvidas. As críticas se referiam a uma preocupação e/ou espanto genuíno frente a tal sentimento que parecia ser parte cada vez maior em mim. Não considero angústia, medo ou dúvidas coisas ruins, pelo contrário, creio que são sentimentos dotados de capacidade para nos impulsionar e motivar. Como diz um velho ditado: “Você está no fundo do poço? Que bom! Pois agora sua única alternativa é subir”. Claro que o ditado não esclarece o fato de que pode-se escolher permanecer no fundo do poço. Contudo, creio que a maior parte das pessoas se esforçará de forma absurda para escalar as paredes. 

Sobre simplicidade

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O escritório que eu trabalho fica em frente à pista de caminhada (oficial) da minha cidade. Sinto-me frustrada, pois fico aqui, sentada na minha mesa, em frente ao meu computador, enquanto observo as pessoas fazendo caminhada, correndo, e eu, sedentária como sempre. Caminho na pista, em direção a minha casa (e da minha casa em direção ao escritório) durante aproximadamente 40 minutos por dia. Mas não é a mesma coisa. Sinto-me grata pela oportunidade que tenho de ver tantas pessoas passando pela pista, todos os dias. São casais. São jovens. Pais passeando com seus filhos. Adolescentes passeando com seus cachorros. Crianças andando de bicicleta. Não conheço a maioria das pessoas que passam ali. E essa é a melhor parte. Dessa forma, posso imaginar quais são suas histórias, como elas chegaram até ali. Porque aquela senhora esperou engordar tanto para só então começar a se exercitar? Porque aquele casal caminha de mãos dadas? (deve ser desconfortável). Hoje tive a sorte de ver um cas...

Vlws, menino!

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Freud postula que o homem precisa dormir para descansar o corpo e, principalmente, para sonhar: "o sonho é a realização dos desejos reprimidos quando o homem está consciente". Quando o homem dorme, a consciência "desliga-se" parcialmente para que o inconsciente entre em atividade, produzindo o sonho: através do id, os desejos reprimidos são realizados. Acordei me lembrando das definições que já ouvi e estudei acerca de como os sonhos são formados. Dependendo da linha teórica que se leia um fato, a interpretação pode mudar. O que não pode ser mudado é a matéria de que é feito o sonho: o inconsciente. Lembrei-me também que para o inconsciente o passado não existe; passado, presente e futuro estão ali, convivendo entre si. O inconsciente é atemporal. Isso me deixa estarrecida na maior parte das vezes. O inconsciente pode ser comparado a parte inferior de um iceberg, onde se concentra sua maior porção, no entanto, o que vemos do iceberg é sua parte superior (menor ...

Não se trata apenas de ter ou não ter namorado

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A gente sabe que tem a pessoa perfeita como companheiro quando descobrimos que esta pessoa não é perfeita, mas se esforça muito para ser a melhor versão de si mesma pra gente. Ou quando ela aponta o que você tem de errado e logo em seguida diz que te ama. Ou quando ela te dá “o pijama” de presente de dia dos namorados, só porque você é apaixonada por pijamas. Ou quando ela te mima com rosas brancas, só porque é a sua rosa preferida. A gente sabe que tem “o cara” ao lado quando ele te apoia, mesmo sem saber direito do que se trata a situação. E te oferece o ombro pra chorar. Ou se mata de rir do seu lado. Sabemos que temos alguém especial quando não precisamos fingir ser aquilo que não somos. Nos mostramos sem maquiagem. Sem roupas bonitas. Sem risos falsos. Quando ele não acredita que você vai ter coragem de sair de casa de pijama e você sai. Descobrimo-nos verdadeiramente com sorte quando encontramos essa pessoa... sem procurar. Um dia, simplesmente, nos esbarramos a e...

Sobre uma garota

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A sua história começou a me ser contada há alguns anos atrás, quando ela entrou, meio tímida no escritório que eu trabalhava. Ela estava lá por causa de uma vaga de emprego. Chamou-me a atenção quando minha patroa perguntou-lhe quando ela poderia começar a trabalhar, ela não pestanejou, a resposta foi certeira: “posso começar agora mesmo!”. Impulsiva. Decidida. Determinada. Corajosa. Passou pela minha cabeça tais características e eu tentei escolher qual delas a descrevia melhor. Tenho essa mania de tentar entender as pessoas, tentar descrevê-las. Mas anos depois deste acontecido, posso dizer que, ainda hoje, não consigo definí-la em uma palavra. Não acho que seja incompetência minha, acho que a culpa é da complexidade dela. Na verdade, de todos os seres que já tive a oportunidade de esbarrar nessa minha vida. Ela me chamou a atenção novamente quando nos comunicou que ia se casar. Casar? Quem se casa aos 20 anos? Em pleno século XXI. Isso é um absurdo. Ninguém compreendeu muito be...

Ah, os diálogos!

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“Você acredita que o amor pode durar a vida toda?” Recebi essa pergunta, uma tarde dessas, ela veio do lado direito e acertou quase em cheio a minha cara. Não me lembro o que disse na hora, mas devo ter respondido um clichê qualquer do tipo “Conheço casais que estão juntos há 50 anos... eles devem se amar muito!”. Por que no fundo é isso que todo mundo pensa, né? O tamanho do amor se mede pelo tempo que se vive junto com o ser amado. Mas hoje eu ouvi uma história de um amor quase platônico, um daqueles amores que são sentidos e dados em doses homeopáticas. Sem tempo cronometrado entre uma dose e outra, mas com certa continuidade. Fiquei pensando que talvez sejam esses os amores que mais duram. Aqueles amores que vez por outra se esbarram, vez por outra se ligam, vez por outra se beijam, vez por outra se leem, vez por outra estão juntos, mas que sempre se sabem. Aqueles amores que serão lembrados por meio de frases ditas por estranhos no meio de uma aula de geometria ...

Sobre "comunicação"

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Tanto se fala. Tanto se ouve. Tanto se cala. Porque dá-se mais ouvidos ao que se escuta? E quem ouve, será que escuta? E quem fala, será que diz? E quem cala, cala? Há tantas formas de dizer. Há tantos modos de calar. Há tantos jeitos de escutar. Mesmo que se fale muito, muito ainda está calado. Mesmo que se cale sempre, muito ainda será pronunciado, gesticulado, demonstrado, rasgado, enfiado no meio da cara de uma quarta feira gorda. Mesmo que muito se ouça, muita coisa será ignorada, desprezada, rejeitada, interpretada erroneamente. Penso que o crucial é que haja boa vontade por parte da pessoa que recebe a mensagem que é passada, seja esta transmitida por meio de um texto, uma frase, um ponto de exclamação, uma música ou uma imagem. Por meio de um presente, de uma festa surpresa ou de uma visita inesperada. Por meio de gritos cheios de fúria, palavras de amor, olhares, gestos, expressões ou silêncios ensurdecedores.

A curva mais bonita de uma mulher!

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Não vou falar sobre como é bom ser filho, pois, você, eu e todos aqui somos filhos de alguém e, por mais que nossos pais, às vezes, não sejam ou se comportem exatamente como esperamos, ainda assim, ser filho é ótimo. No entanto, já ouvi muitas pessoas dizerem que só entendemos completamente o que é ser filho e o quanto fomos ingratos, injustos e/ou impacientes com nossos pais, quando nos tornamos pais. Ser pai, se tornar um pai ou exercer a paternidade é uma dádiva que se equipara a dádiva de ser mãe. Mas como mulher que sou, sempre vou achar que ser mãe é mais especial. Não passei ainda pela incrível experiência e exercício de ser mãe, enquanto isso observo admirada o milagre da vida se manifestar diante dos nossos olhos quando nos deparamos com a barriga – cada vez maior – de uma gestante. Ser mãe é amar um ser que ainda não se conhece; contar os dias para se perder noites de sono; acumular roupinhas, pacotes de fralda, sapatinhos, mantas e montes de sensações. Sabe...

Carta de um portador de Alzheimer à sua esposa, Leninha

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“Leninha, meu amor,   Escrevo-te esta carta, mas a única viagem que ela fará, será da minha mão para a tua. Escrevo-te porque vais precisar de a ler muitas vezes, e eu também vou precisar que a leias. Não é à toa que me esqueço constantemente das coisas, não é à toa que de um momento para o outro a minha personalidade muda, não é à toa que por vezes o meu discurso não faz sentido. Mas que Deus me ajude a terminar esta carta, pelo menos esta carta, sem que a memória se vá embora e me deixe perdido a olhar para esta folha. Hoje sei que em breve não saberei quem sou, disseram-me os médicos. Tenho alzheimer. Deixarei de viver antes do dia da minha morte, a vida escolheu-me para ter este fim, mas antes disso, escolheu-me para ser o marido mais feliz do mundo, o pai mais feliz do mundo, e por isso não consigo ficar desiludido com ela. Aceito, só posso aceitar. Não fiques triste por mim, meu amor, pois eu não irei sofrer, não me irei lembrar sequer da dor. Os nossos filhos est...

Aqui jazz, blues e bossa nova

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Da série: Motivos pelos quais a Psicologia me conquista todos os dias. Momento: Segundo dia de preparação para intervenção com adolescentes/jovens no estágio de Terapia do Luto. Tarefa 1: Escrever o meu atestado de óbito. Tarefa 2: Escrever meu epitáfio. Nível de dificuldade: 0 Atestado de Óbito Aos 27 dias do mês de setembro do ano 2069, às 14:21h, falece nesta cidade de Gramado – Rio Grande do Sul, a Senhora Paula Cristina Meireles, aos 78 anos de idade. A Senhora Paula sofreu um infarto do miocárdio enquanto revia um antigo álbum de fotografias. Se encontrava, no momento, na presença de seu marido. A causa do infarto não foi conclusiva já que Senhora Paula não possuía vícios e praticava exercícios regulares. Epitáfio: “Aqui jaz alguém que quis e conseguiu fazer a diferença.” PS1: Possuo vícios e não pratico exercícios regulares. Mudar isto enquanto há tempo. PS2: Acredito que 78 anos é tempo suficiente para viver tudo o que se há para viver e não...

Todo carnaval tem seu fim!

Há dias ela combinava com algumas amigas e amigos de passar o carnaval em uma cidade vizinha. Ela não imaginava que aquele seria o caminho que ela percorreria chorando, um dia, por causa do sorriso do malandro que não se abriria, talvez nunca mais, da mesma forma para ela. Mas naquele dia, ela amanheceu elétrica. Era seu segundo carnaval de rua. A animação tomava conta dela do mesmo jeito que os seus short’s tomavam conta de sua mala. Naquele dia ela não podia imaginar como seria seus próximos meses. Passou o dia arrumando a mala, escolhendo cada roupa e acessório. Ela chegou na cidade mais tarde que o planejado. Se encontrou com os amigos. Comeram, conversaram e ela foi dormir acompanhada de um “magrelo”... Ah, aquele magrelo havia conquistado sua simpatia nos últimos meses, mas nem ele e nem ela tiveram culpa quando, na próxima noite, o sorriso do malandro conquistou algo mais que sua simpatia. Claro, que a principio, ela não havia se dado conta de que não seria fácil esquec...