Olhos



Apesar de não ser algo visível aos olhos de desconhecidos ou pessoas não muito intimas, ela é sonhadora, romântica e acredita que Deus está cuidando de todos os aspectos de sua vida.
Já ouvi seus discursos sobre estar perdidamente apaixonada e/ou amando algumas vezes. Os discursos sempre iam de encontro ao fato de que aquele era o cara certo. Era o cara ideal. Como julgá-la? Não é isto o que todos nós pensamos quando estamos apaixonados?!?
Dessa vez ela fez, novamente, um discurso desses. Mas seria injusto não ressaltar que havia, de fato, algo diferente na narrativa. Por vezes, não encontrando palavras suficientes ou corretas pra se expressar, ela apenas dizia “é muito...” e o olho brilhava.
Meus pés sempre muito cravados no chão (quando se trata de outras pessoas, claro!) não podem deixar de aconselhá-la a ter cautela, a esperar que as palavras lhe voltem e ela consiga se expressar racionalmente sobre seus sentimentos, pois aprendi com meus tombos que quando não se consegue falar sobre algo com clareza, provavelmente é porque tal assunto ainda não foi elaborado, ou seja, ainda não se sabe de fato o que aquilo tem de positivo, negativo e o que deve ser feito a partir dessas conclusões.
Sei também que tal racionalidade só é possível realmente quando se está como espectador da história. Quando se é o ator principal a emoção costuma mandar no enredo.

Assim, torço para que ela consiga se sobressair aos sentimentos e usar a razão, quer seja para concluir que deve levar isto adiante, quer seja para encerrar tal história, quer seja para aproveitá-la enquanto durar. 
Meu conselho: seguir seus instintos, mas sem se esquecer que o que fizer terá consequências. Dessa forma, não importa qual seja a decisão, esta será feita de forma livre e consciente, e não gerará arrependimentos no futuro. Isto é o mais importante. 
PS: Esta história vale a pena, pois o olho brilhava!




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