Ah, os diálogos!
“Você acredita que o amor pode durar a vida toda?” Recebi essa pergunta, uma tarde dessas, ela veio do lado direito e acertou quase em cheio a minha cara. Não me lembro o que disse na hora, mas devo ter respondido um clichê qualquer do tipo “Conheço casais que estão juntos há 50 anos... eles devem se amar muito!”. Por que no fundo é isso que todo mundo pensa, né? O tamanho do amor se mede pelo tempo que se vive junto com o ser amado. Mas hoje eu ouvi uma história de um amor quase platônico, um daqueles amores que são sentidos e dados em doses homeopáticas. Sem tempo cronometrado entre uma dose e outra, mas com certa continuidade. Fiquei pensando que talvez sejam esses os amores que mais duram. Aqueles amores que vez por outra se esbarram, vez por outra se ligam, vez por outra se beijam, vez por outra se leem, vez por outra estão juntos, mas que sempre se sabem. Aqueles amores que serão lembrados por meio de frases ditas por estranhos no meio de uma aula de geometria ...