Metade
Que a força do medo que sinto não me impeça de ver o que anseio. Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor, apenas respeitadas como a única coisa que resta a "alguem" inundado de sentimento. Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço, que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada. Que o espelho reflita em meu rosto um sorriso que me lembro ter dado na infância. Que não seja preciso mais que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito. E que minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é o que grito, é partida, é abrigo e platéia, mas a outra metade é o que calo, é saudade, é cansaço e canção... ...metade de mim é amor e, a outra metade também!!! Editada; originalmente escrita por Oswaldo Montenegro.