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Mostrando postagens de outubro 28, 2014

Cartas

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Acordei me lembrando das cartas.  Não me refiro àquelas cartas que chegam pelas mãos de um carteiro e contêm um selo registrando de onde essa carta saiu. Refiro-me as cartas realmente significativas... Àquelas que chegam por debaixo da porta sem se saber de onde veio ou de quem, até que se abre e se depara com “querida/o Fulana/o” e é nesse momento que percebemos que a carta será “das boas”. São cartas de amor, entenda-se por amor qualquer tipo de amor. São cartas de saudade. São cartas de ódio (ops, este entra na categoria “qualquer tipo de amor”). São cartas que dizem o que alguém não pôde dizer olhando nos olhos e sentindo a vibração. Mas são cartas cheias de vibração, sentimentos, expectativas. São cartas que vão e não se sabe se uma carta-resposta voltará. Às vezes não há como voltar, pois, nem todas tem remetente (explícito. Sempre se sabe de onde partiu uma carta, mesmo não sabendo). O semblante iluminado, as mãos trêmulas, a mente curiosa e confusa... e do outro lado...