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Mostrando postagens de 2014

Entrego, confio, aceito e agradeço

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“Eu lhe suplico, com fervor,  que seja paciente com o que não foi resolvido em seu coração  e que tente amar as próprias perguntas como quartos trancados  e como livros escritos em língua estrangeira.” Estava, há algum tempo, tentando escrever algo que descrevesse a angústia gerada por perguntas que tem me falado cada vez mais alto. Não consegui. Então, me deparei com esta citação de um autor que eu não sei qual é. Reconforto para as perguntas sem respostas. Consolo para a angústia. Enfim, foi a resposta perfeita para tudo, uma resposta não para minhas perguntas, mas para a pergunta que eu não me fiz. Não devo me preocupar com as respostas, simplesmente, devo amar meus questionamentos. Afinal, são eles que me impulsionam e me fazem melhor e mais madura. O meu coração saberá o momento certo de estar completamente em paz.  Entrego, confio, aceito e agradeço. _/\_

Cartas

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Acordei me lembrando das cartas.  Não me refiro àquelas cartas que chegam pelas mãos de um carteiro e contêm um selo registrando de onde essa carta saiu. Refiro-me as cartas realmente significativas... Àquelas que chegam por debaixo da porta sem se saber de onde veio ou de quem, até que se abre e se depara com “querida/o Fulana/o” e é nesse momento que percebemos que a carta será “das boas”. São cartas de amor, entenda-se por amor qualquer tipo de amor. São cartas de saudade. São cartas de ódio (ops, este entra na categoria “qualquer tipo de amor”). São cartas que dizem o que alguém não pôde dizer olhando nos olhos e sentindo a vibração. Mas são cartas cheias de vibração, sentimentos, expectativas. São cartas que vão e não se sabe se uma carta-resposta voltará. Às vezes não há como voltar, pois, nem todas tem remetente (explícito. Sempre se sabe de onde partiu uma carta, mesmo não sabendo). O semblante iluminado, as mãos trêmulas, a mente curiosa e confusa... e do outro lado...

As estrelas não tem culpa nenhuma

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E cada vez mais me dou conta de como as coisas são findas. Tudo teve um começo e terá um final. Tudo o que temos a oportunidade de fazer é saborear o intervalo entre estes dois extremos. Não importa se este intervalo dura um dia, três meses ou cinquenta anos, o que interessa é VIVER este intervalo. E - Oh, Deus - como a vida se torna espetacular quando nos damos conta disso! Porque alguns infinitos são, de fato, maiores que outros! Gratidão por todos os meus infinitos com números contados.

Deus???

Há mais ou menos dois anos atrás, após uma morte extremamente chocante de um amigo (jovem) da família e uma despedida feita pelo seu irmão, uma despedida digna de filme dramático escolhi acreditar que há, sim, um Deus, ou, seja lá o que for, que controla esse e outro tipo de coisas, e que tudo, absolutamente tudo acontece do jeito que este Deus acredita ser o certo para cada um aqui na Terra. Há alguns dias atrás comecei a mudar de ideia e hoje, eu duvido muito que exista um Deus lá em cima preocupado com as pessoas. Se há um Deus, ele não anda sabendo muito bem o que faz, e isso já tem um tempo. Se ele é responsável por cuidar de tudo por aqui, como é possível tantas tragédias com pessoas que (aparentemente) mereciam morrer dormindo tranquilamente em uma cama quente. Morrer não é uma questão de merecimento, mas há mortes que, sinceramente, parecem carregar um grau de crueldade. Prefiro acreditar apenas que cada pessoa aqui na Terra faz suas escolhas e lida com as consequências e,...

Sem título

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Tenho experimentado uma sensação muito estranha de sentir, em cada centímetro do meu corpo, uma saudade absurda de coisas que eu tanto quis nunca mais ter por perto. Angústia é uma sensação arrasadora que atravessa cada músculo do corpo e nos lembra de forma cada vez mais convincente de que as memórias sempre voltam para acertar as contas. Entendo agora que ter saudade do passado não é desejá-lo de volta, a saudade do passado surge, verdadeiramente, quando tomamos consciência de que o nosso presente nos levará a um futuro que enterrará de vez nosso passado; todas as pessoas, as situações, os momentos já vividos, não poderão mais ser revividos. Mesmo as lembranças de momentos que causaram dor tem um espaço especial em uma parte de nós. E estar em calmaria e felicidade gera uma desinquietação, pois, quando estamos acostumados a nadar em um mar revolto, o silêncio do riacho incomoda um pouco. Contudo, nada se compara a extraordinária sensação de completude que me invade a ca...

Aaaaaaaaaaahhhhh!!!!!

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Ah!!!!  Como foi bom ter a inocência de desejar tornar-me adulta,  sem saber que ser “gente grande” é muito mais do que usar salto alto e maquiagem. Como era bom ser colocada no colo  todas as vezes que, após uma queda, o choro era inevitável. Como era bom acreditar que o mundo é uma máquina de realizar desejos. Aaaaahh!!!!  Como seria bom não ser sufocada pelo peso das dúvidas e decisões. Seria incrível se por um dia,  somente um dia,  pudesse saber-me no caminho certo. Talvez seja inocência desejar que pudesse ser possível voltar a ser criança,  tanto quanto foi inocência desejar ardentemente me tornar adulta.  Mas de que são feitos os sonhos  se não de um pouco de inocência,  uma dose de utopia e  algum bocado de coragem? Logo, meu sonho, neste momento, é conformar-me em ser adulta,  assim como deveria ter me conformado em ser uma criança quando ainda o podia.

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"Eu me apaixonei da mesma forma que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra."

Simples assim...

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"Quando o olhar, for mais forte que tocar, é Amor."

Ele!

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Há dois dias vi uma foto de um casal visivelmente apaixonado, cuja legenda (escrita pela menina) era a seguinte: poucas coisas na vida são melhores do que seu ombro! Pensei comigo mesma que alguém que pode dizer essas palavras – tanto quanto alguém que pode as escutar – como sendo a maior verdade de todas, bom... esse alguém experimenta uma das formas de felicidade mais puras que existe. Não foi nem uma e nem duas vezes que me olhei no espelho e, como se estivesse diante de alguém que esperou aquela decisão por toda a vida, prometi que nunca mais meus olhos se encheriam de lágrimas por nenhum desses moleques que parecem brotar de forma descontrolada nesse meu mundinho que gira, gira, gira e sempre me coloca de frente com os mesmos babacas (por que não ser clichê quando se trata desse assunto?). Há algumas semanas atrás me olhei no espelho e mais uma vez meus olhos estavam cheios de lágrimas, mas, dessa vez, a minha boca ostentava um sorriso, um daqueles sorrisos bobos ...