Querido Joaquim,

Querido Joaquim,

Estava voltando de uma viajem que fiz até a cidade vizinha, e na metade do caminho reparei na lua. Não há palavras para descrever a beleza e imponência daquela lua, que mesmo estando em um horizonte tão, tão distante, me fez companhia em todo o restante da viajem.
Tentei tirar algumas fotos, somente para perceber que não era possível capturar toda aquela beleza pela lente do celular, provavelmente por lente nenhuma, que não fossem os meus próprios olhos.
Joaquim, me senti tão pequena, tão inútil.
Então me dei conta de que absolutamente nada é possível de ser capturado na sua real beleza e dimensão. Nenhuma partícula do que vejo, sinto e ouço poderia ser registrado da exata maneira que as percebi.
E a tristeza que senti minutos antes, abriu espaço para um sentimento muito mais libertador e fluido, um sentimento que me fez perceber, Joaquim, que a única maneira de realmente registrar algo é vivendo.

Com amor, 

Toninha.





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