O tempo passa


O tempo passa. E essa é a melhor coisa que ele pode fazer.

Ela já tinha uns 18 anos (mesmo que sua data de nascimento insistisse em dizer que ela só tinha 13); naquela época sua altura era o maior sinal do seu tamanho; a pele dela não passou por grandes “erupções”, como a pele da maioria das meninas; seu cabelo só ficava mais ou menos ruim quando ela teimava em dormir com ele molhado; e os garotos, bom, digamos apenas que os garotos já sabiam da sua existência.
Uma professora nossa disse uma vez que ela era uma das meninas mais bonitas da turma (ou a mais bonita), mas que ela era muito desleixada.
Mas os anos passaram. Os 13. Os 18. E mais alguns.
Hoje, dormir com o cabelo molhado é o menor ato de teimosia que ela pratica. Teimar em conseguir tudo o que ela sonha se tornou uma “rebeldia” mais instigante. E ela consegue. Se você lhe perguntar ela dirá que tudo o que conseguiu até hoje foi graças a Deus, que ele cuida e guia-a a todo instante. Mas eu sei que TUDO o que ela abraçou não teria sido possível sem ela mesma, sem a sua força de vontade, dedicação e garra. Não estou desmerecendo Deus, mas não acho justo que ele leve todo o crédito (vamos dividir isso aí?)!
Em relação à sua pele, atualmente, ela brilha. Pelos cuidados estéticos, claro, mas principalmente pela luz que vem de dentro dela.
Quanto aos homens, pode-se dizer que eles sabem bem quem ela é. Impossível não perceber sua elegância e extremo bom gosto quando chega em qualquer lugar. Mas, até onde eu sei, ela não corresponde a nenhum desses olhares, pois já tem um par de olhos para chamar de seu.
E no que diz respeito à sua altura, este é o menor sinal do seu tamanho.
Àquela professora, de anos atrás, eu responderia hoje: “Ela é uma das mulheres mais bonitas que conheço! ”




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