Pronto, falei.
Eu sou a favor do aborto (em alguns casos); da comercialização
legal de drogas; da eutanásia; acho um absurdo, políticos ganharem rios de dinheiro enquanto
os professores se vêem obrigados a fazer greve como forma de reivindicação de salários
mais justos.
Acho hipocrisia meninas que afirmam que vão casar virgens,
quando, na maioria das vezes, só não tiveram vontade o suficiente para terem relações
sexuais ( ou chance).
Acho covardia abusos com animais, idosos e crianças.
Acredito que cadeia nem sempre é a melhor punição, há casos
que, o infrator das regras e da harmonia da sociedade deveria ser internado em
clinicas de reabilitação psicológica e em casos extremos, sou a favor da pena
de morte.
Acredito em reencarnação; em alma gêmea; em Deus; tenho fé,
apesar de às vezes, duvidar.
Não concordo com quem sai por ai, brigando por qualquer
coisinha; que reclama de tudo dizendo que é injusto, quando na verdade, o outro
lado da situação (porque sempre há dois lados) não foi analisado devidamente. Injustiça
só pode ser injustiça quando não se coloca o lado pessoal na frente do
coletivo, se não vira egoísmo. Ou ainda, não acho necessário reclamar certas
coisas pequenas, pois, quem merece a forca, a encontrará sozinho.
Por muito tempo fiquei calada sobre muitas coisas, não achava
importante colocar meu ponto de vista em pauta. Ultimamente, cansada de ouvir
coisas das quais não concordava e me calar, resolvi expor minha opinião. Me arrependi
amargamente. Não que ache que minha opinião não é importante ou relevante,
talvez até o seja, mas, não acho que as pessoas estão preparadas para ouvir
certas coisas, ou já estão tão acostumadas a pensar seguindo apenas uma linha
de raciocínio que, acabam por me acharem debochada, moralista ou o que é pior,
que não sei mais a diferença entre certo e errado.
Eu não perdi meu senso de certo e errado. Não perdi minha
fé. Ainda tenho minhas crenças culturais.
Entretanto, acredito que o certo e o errado não podem ser
vistos como algo imutável e sólido, ao contrario, acho que o errado pode ser
certo, ou, ao menos, pode trazer conseqüências menos catastróficas do que a
atitude considerada como certa.
Como por exemplo, não acho que o aborto e a eutanásia são corretos,
acredito que todos tem direito a uma vida digna, como está inclusive previsto
na constituição. Contudo, não creio que sobreviver a custa de aparelhos e
cuidados incessante seja ter uma vida digna, como no caso da eutanásia. Assim, também,
não acho que uma criança que foi gerada durante nove meses por uma mãe que não a
deseja tenha condições favoráveis para ser um adulto plenamente feliz; as
pesquisas comprovam que os bebes sentem tudo o que se passa do lado de fora do útero
materno, ate mesmo, as angustias e indiferença da mãe que o carrega obrigada em
seu ventre.
Posso estar completamente errada, e se, o estiver, espero
muito mudar minhas opiniões.
E, devido a olhares espantados e muitas explicações que
gastei em vão para tentar colocar meu ponto de vista (mesmo sem ter pedido que
o aceitassem, mas o respeitassem, apenas, como eu respeito o de todos), me
calo. Vou voltar a agir como antes. Acenar e sorrir.
Quem sabe um dia, possa expressar minha idéias em um meio
menos hipócrita. Onde as pessoas não dêem tanta importância a garota que raspou
a cabeça em um programa de humor da televisão, com o único intuito de ganhar
dinheiro.
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E, devido a olhares espantados e muitas explicações que gastei em vão para tentar colocar meu ponto de vista (mesmo sem ter pedido que o aceitassem, mas o respeitassem, apenas, como eu respeito o de todos), me calo. Vou voltar a agir como antes. Acenar e sorrir.
Não adianta lutar e debater com pedras. Abraços